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sábado, 17 de setembro de 2011

A Crença no Amor

Sempre me mandaram
Acreditar no amor
O mais nobre e puro sentimento
Aquele nos faz sorrir sem motivo aparente

Devo reconhecer que o amor
É capaz de provocar diversas sensações
Inesperadas e inexplicáveis
Com a emoção sobrepondo a razão

Talvez este seja seu grande defeito
Movido pelas emoções a queda é maior
A cegueira da paixão nos faz errar o caminho
Força-nos a acreditar no inexistente

Cada vez mais duvido deste sentimento
Pois foram tantos sacrifícios em vão
Tantas lágrimas retidas em vão
Que me sinto inundado por dentro

Com meu coração boiando a esmo
Rumo ao vazio que se tornou minha alma
Um lugar onde não cabem mais sentimentos
Muito menos este falso acalentador

Mandaram-me acreditar no amor
Mas hoje sei que não se trata apenas de crença
E se de bem querer próprio
Porque não se pode amar sozinho

Isto seria apenas dor
E a dor sim nunca anda sozinha
Traz consigo algo chamado pranto
E este por sua vez vem acompanhada pelo desespero

Que lentamente nos aperta o peito
Rouba nossas forças cruelmente
Deixando-nos sem ar com a garganta apertada
Transbordando angustia por todos os poros

Estas sensações juntas nos corroem por dentro
Como a mais forte das maresias
Fazendo-nos ruir em cacos
E uma vez sendo apenas pó temos o fim

Fim de tudo que antes nos parecia luz
De todos os sonhos cultivados com dedicação
Da pura e simples capacidade de amar o que fosse
Pois quando o amor destrói não sobra nada

Só um corpo vazio teimando em se manter de pé
(Rodrigo Saraiva – 17/09/11)

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