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segunda-feira, 9 de junho de 2014

Perdão ao Sol

Usarei estes versos para pedir perdão
Aquele que se fez luz sem nada pedir em troca
Que esteve presente em silencio
Aquecendo este cada vez mais gélido ser

Eu que sempre me declarei amante da lua
Apaixonado pela escuridão noturna
Pelo orvalho frio da madrugada
E por tudo que é arrepio ao ocaso que se aproxima

Peço hoje perdão ao sol
Não irei mais julga-lo um fraco
Nem terei ciúmes de seu relacionamento com a lua
Tampouco me esconderei de tua presença

Permita-me ter a pele aquecida por ti
Seja a energia que a escuridão me roubou
Um sopro de inspiração duradouro
A estrela que a me ofuscar de compaixão

Seja o sol
Apenas luz
Calor intenso
E acima de tudo vida


(Rodrigo Saraiva – 09/06/14)

Amores Proibidos

Por que existem amores proibidos
Desde quando é proibido amar
Não podermos pulsar juntos
Sermos um só olhar luminoso

Os amores deveriam ser estimulados
Pois cada vez menos ele se faz presente
E quando o faz é suprimido por medo
Receio de mais uma negação impiedosa

Proibir o amor é impedir um sorriso tímido
Abolir beijos inocentes roubados
Trocas de carinhos gratuitas
Arrepios intensos ao pé do ouvido

Crime é não amar alguém
Seja em qual forma ele se apresente
Seja sozinho ou com paixão
Seja meu amor seu amor nosso amor


(Rodrigo Saraiva – 09/06/2014)

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Tua Luz

Sempre fui um amante da noite
Adorador silencioso da lua
Sempre envolto em trevas
Reclusos e gélidos pensamentos

Após tanto tempo retinto
Percebi a existência de luz
Não qualquer claridade a me ofuscar
Não o já combalido sol matinal

Uma luz nunca antes vista
Que fez-me abrir os olhos
Encerrar a cegueira que me dominava
Ressurgindo das cinzas que me cobriam

Luz exalada de tua pele
Dourada e inocente
Cálida e transparente
Transpirando paz e desejo

Luz esta que tem o poder
De hipnotizar-me ao trocarmos olhares
Pois tal brilho é como uma centelha
Arrebatadora em uma noite esquecida

Luz
Calor
Amor
Vida

(Rodrigo Saraiva – 06/06/14)


As Faces do Silencio

O silencio nos acompanha
Sorrateiro
Conquistador
Calculista

E muitas vezes insistente
Necessário
Companheiro
Amante

Musicalmente perceptivo
Inspirador
Poético
Libertador

Por vezes banhado em lágrimas
Trágico
Angustiante
Anaeróbico

Amigo íntimo da e vida e da morte
Pulsante
Autossustentável
Palpável

Assustadoramente por vezes infindo
Emudecido
Engasgado
Silêncio

(Rodrigo Saraiva – 22/05/2014)




A Estrela e o Anjo

Como pôde uma estrela se envolver com um anjo
Talvez não haja uma razão racional para tal
Uma existência por si só
É sentida e vibrada por momentos finitos

A luz própria de uma estrela
Por vezes aparenta estar opaca
Tremula de frio e incertezas
Em busca de um porto seguro

E por que uma estrela não pode
Ter um anjo da guarda para chamar de seu
Um envolvimento puro para aquecê-la
Alguém para abraça-la em uma noite escura

Um anjo não suporta o egoísmo do sol
Estrela fútil que buscar reinar só
Covarde por não declarar seu amor
Pela também apaixonada lua

A estrela a qual me refiro
Não brilha sozinha é frágil
Reencontrou em um anjo sua fortaleza
Seu calor perdido sua essência ignorada

Se uma estrela for capaz de sorrir
Deu seu sorriso mais belo ao ser tocada
Imortalizado em memorias carinhosas
Guardadas no fundo de segredos íntimos

Uma estrela e um anjo
Improvável união que deu certo
Unidas por uma inquebrável promessa
De zelo e felicidade mutua


(Rodrigo Saraiva – 03/06/2014)