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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Sentimento Unilateral



Não é possível calcular com exatidão
Quanto tempo podemos esperar por alguém
Quantas vidas podemos viver por alguém
Quantas lagrimas podemos derramar por alguém

Talvez devesse substituir palavras
Trocar podemos por devemos
Será que devemos mesmo
Ou o correto seria o dever de seguir adiante

Desculpas nunca pedidas
Desejos nunca cumpridos
Carinhos nunca trocados
Declarações nunca sussurradas

São como flores beirando nossas casas
Sempre estão ali nem mais nos preocupamos em admira-las
Nem lembramos mais do perfume
Mas quando elas murcham e se esvaem sentimos falta

Mas o importante de fato não é viver preso ao passado
Ou ao que foi ou poderia ter sido
O que pode ser feito a partir de um adeus mesmo que silencioso
É a verdadeira razão de seguir em frente

Pois um adeus nunca será um sentimento unilateral

(Rodrigo Saraiva – 21/06/2012)


quarta-feira, 6 de junho de 2012

Teu Rosto e a Lua



Ontem pela primeira vez
Vi teu rosto espelhado na lua
Lua cheia dourada e rainha
Detentora ofuscante da luz noturna

Estavas com um semblante feliz
Disseminando tímidos sorrisos alheios
A todos admiradores lunares
Arrebanhando ainda mais corações para si

Teu olhar refletido no dourado
Tornou-se acima de tudo um instrumento de paz
Capaz de acalmar almas indóceis
Domesticando inúmeros poetas rebeldes

Teu sorriso não passava de um risco longínquo
O inicio de uma ponte invisível
Capaz de unir seres distantes
Montanhas milenares incapazes de se tocarem

Desde já aguardo ansioso um novo ciclo
Um novo triunfo da lua
Para que por alguns dias possa te rever
Sorrindo e renovando nosso calejado mas infindo amor

(Rodrigo Saraiva – 06/06/12)