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sexta-feira, 25 de abril de 2014

O Tempo e a Mulher

Cada vez mais acredito
Que o tempo seja uma mulher
As semelhanças são palpáveis
Tais como sussurros e suspiros ao vento

O tempo é inoxidável
Assim como a real beleza de uma mulher
Imune ao desgaste da vida
Vista por um olhar em sua plenitude

O tempo é implacável
Assim como a saudade de uma mulher
Das lembranças de momentos e carinhos
Dos risos gratuitos trocados

O tempo é amigo da dor
Aos poucos a carrega para longe
Daquilo que a nutria sem dó
Como o abraço da mulher que se ama

O tempo e a mulher
São como beijos roubados
Existindo para nos surpreender
Inesquecíveis e fundamentais para vivermos

Em paz

(Rodrigo Saraiva - 24/04/2014)

O Sertão de Minha Alma

Após tantos anos meramente existindo
Ainda não havia aprendido o básico
A conviver com o sertão
Enraizado em minha alma
Quase sempre seco e austero
Solitário no frio noturno
Ressequido e rachado
Dono do mais difícil convívio
Para aqueles que não souberam
Senti-lo em sua essência

Hoje sei que meu sertão particular
Vive diariamente o milagre da água
Florescendo o que há de raro e belo
Fertilizando em mim sentimentos bons
Provando a cada respirar que se merece viver
Para usufruir desta alma endurecida
Mas sobrevivente ante às adversidades
Guerreira sertaneja
Protetora do frágil amor
Luar perene do sertão

(Rodrigo Saraiva - 23/04/2014)

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Resistências

 Não há aparência
Que resista ao convívio
A primeira impressão
É muitas vezes a única deixada para trás

Não há convívio
Que resista ao tempo
As vezes a distancia
O torna necessário ao dia a dia

Não há impressão
Que resista para sempre
A verdade é cruel
Mas transforma em riso as dores

A amizade sim resiste
A todas as aparências convívios e impressões
Pois fortalece a sim mesma
Necessário riso do dia a dia

(Rodrigo Saraiva – 09/04/14)