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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Falta de Inspiração Crescente

Acho que pela primeira vez estou escrevendo diretamente no campo "escrever postagem" do blog... sempre digito pelo Word e "colo" aqui.
Nem sei ao certo o motivo disto, mas resolvi inovar desta vez. Também não escreverei uma poesia, pelo menos não por enquanto. Não quero "forçar a barra" escrevendo por obrigação. Ser poeta não é isso! É momento! É inspiração no calor da hora, da sensação que bloqueia os pensamentos para qualquer coisa que não seja escrevê-la!
Enfim, às vezes, como agora, estou sem inspiração, porém movido pela "obrigação" invisível de escrever algo aqui... ouvindo Map Of Your Head do Muse e "viajando" na melodia.
Quando penso no motivo primário da criação deste blog, lembro dos momentos em que estive sem internet, em algum canto da Europa, doido para postar as fotos, mas sem dinheiro nem paciência para ficar em alguma lan house fazendo isto. Acabava postando algo sobre certa cidade já estando em outra(s). Depois que voltei vi o blog sem função definida. Pensei em ficar escrevendo os capítulos do minha eternalendaquenuncaacaba, mais conhecida como meu livro, que há 8 anos começou a povoar parte de minhas idéias, sem nunca me tomar o devido tempo nem ter a necessária dedicação.
Acabei por publicar poesias e volta e meia algum texto sem lógica por aqui. Poesias estas escassas, porém mais sinceras e elaboradas do que aquela enxurrada que escrevia entre os 15 e os 20 mais ou menos. 
Uma coisa que mantenho intacta por todos estes anos é minha fome por literatura. Tenho lido de tudo (tudo que se valha a pena ler) e um escritor que muito tem me chamado a atenção é Zafón (A Sombra do Vento, O Jogo do Anjo, O Prisioneiro do Céu...). Que livros! Policiais com muito de poesia e nostalgia... bem minha cara.


E com esta frase encerro este "post enrolação" ao qual dediquei alguns minutos de minha falta de inspiração crescente.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Ser Poeta

Estou aprendendo a ser poeta
Os entendidos diriam em sua secura
Que estou apenas brincando
Pois não há sequer rimas ou métricas calculadas

Não aspiro ser nenhuma reencarnação
De certo poeta dos escravos conterrâneo meu
Esbanjaria incapacidade para tal em cada verso
Em cada sonho alucinógeno

Gostaria apenas de ter a capacidade
De transcrever para o branco
Tudo aquilo que me corrói o viver
E que desejo vomitar sem vergonhas

Fazer enfim o que todos os poetas exaltam
Usar os poemas como válvulas de escape
Uma cachoeira intermitente de sentimentos
Escondendo a covardia que temos no falar

(Rodrigo Saraiva – 17/08/13)


domingo, 8 de setembro de 2013

5 Anos

É estranho sentir saudades
Não falo daquela corriqueira e fútil
Que sentimos de coisas banais
E sim a qual mareja o mirar
E quase sempre nos aperta o peito
Impede-nos de dormir
Materializa-se em sonhos
Tornando-se ficticiamente palpável
Ainda mais intensa e corrosiva
Saudade de quem está ausente aos olhos
Que nem o tempo pôde derrotar
Do tipo que não carrega mágoas ou rancores
É pura e simples
Ainda que traga memorias insistentemente dolorosas
Chega acompanhada de algo bom
Um felizmente também saudosista sorriso
Capaz de enaltecer tudo que há de bom
Em seguir lutando e vivendo

(Rodrigo Saraiva – 08/09/13)


sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Poesia Defeituosa

Hoje descobri o maior defeito de um poeta
Ainda assim repetido incessantemente
Como um mantra infindo
A nos martelar a consciência inesgotável

Por que insistimos em usar palavras
Como se as mesmas explicassem tudo
Por que transcrever tudo que sentimentos
Para folhas que um dia desbotarão

Certas sensações não podem ser escritas a mão
Não são como letras de musicas
Ou uma receita perdida em um livro qualquer
Versos não são necessariamente espelhos da alma

Não sei qual a razão de teimarmos em fazer isto
Há sentimentos que não podem ser descritos
E muitas vezes não deveriam ser
Apenas estão em nós para serem sentidos

E se expostos deveriam sê-los através de um olhar
Ou talvez de um tímido sorriso
Quem sabe em um beijo roubado
E não em falsas poesias

Espero que consiga conter-me
E não continue a insistir neste grave erro
Não irei me considerar menos poeta
Apenas mais sincero comigo 


(Rodrigo Saraiva – 06/09/2013)