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sexta-feira, 10 de julho de 2015

O Mar e a Vida

Como um eterno observador do mar
É inevitável não o comparar com a vida
Com suas idas e vindas constantes
Seu poder arrebatador
Não necessariamente voltado para a destruição
Tal qual o olhar profundo de uma mãe
Inesquecível adeus nunca dado em sua plenitude
Assim como o mar a vida tem seus temporais
Ondas gigantescas que carregam para longe
Aquilo que ainda nos amarrava ao continente
Também conhecidas como razão ou lógica
Mas que uma vez perdidas
Nos parecem tão inúteis e infundadas
Relacionamentos chegam ao fim abruptamente
Assim como naufrágios de embarcações imponentes
Verdadeiras fortalezas de cartas de baralho
Que ao primeiro vendaval vão a pique
Levando consigo o capitão Coração
Tornando-se apenas um local de visitações esporádicas
Feitas por aventureiros destemidos e desavisados
Ainda assim a vida
É fascinante e apaixonante
Se o amor exercer o mesmo poder sobre ela
Que a lua impõe sobre o mar
Está então explicado meu eterno destino de ser sol
De ser aquele que apenas admira a distancia
Lança seus raios para todos os lados
Mas é incapaz de tocá-la sequer de leve
Pois vivem em momentos diferentes
Minha influência sobre o mar ou vida
Tanto faz
É igualmente nula
Não passo de um refém do destino
Brilhando inutilmente incapaz de aquecer a mim mesmo
Apenas seguindo em frente
Vivendo silencioso o mar dia após dia


(Rodrigo Saraiva – 10/07/15)

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Minha Pequena Estrela e a Lua

Detesto as noites de lua cheia
Com tanta luz desnecessária
Ofuscando quem me é caro
Tornando sombria minha madrugada

Pior ainda é não te ver
Mesmo em noites sem luar dourado
Buscar até os olhos marejarem
Noite retinta adentro como um farol persistente

Sentir teus problemas a distancia
E não poder te tocar me destrói aos poucos
Pequena estrela detentora de meus sonhos
Merecedora de todos os meus afagos

Gosto de esticar a mão e como por magia
Ver-te brilhando através dela
Como se neste momento fossemos apenas um
Quase sinto teu calor a me possuir

Jamais se apague para que eu possa seguir
Não sofra assim longe de mim jamais
Pois se nem o tempo foi capaz de nos separar
Não será a distância que o fará


(Rodrigo Saraiva – 03/07/15)