Hoje descobri o maior defeito de um poeta
Ainda assim repetido incessantemente
Como um mantra infindo
A nos martelar a consciência inesgotável
Por que insistimos em usar palavras
Como se as mesmas explicassem tudo
Por que transcrever tudo que sentimentos
Para folhas que um dia desbotarão
Certas sensações não podem ser escritas a
mão
Não são como letras de musicas
Ou uma receita perdida em um livro qualquer
Versos não são necessariamente espelhos da
alma
Não sei qual a razão de teimarmos em fazer
isto
Há sentimentos que não podem ser descritos
E muitas vezes não deveriam ser
Apenas estão em nós para serem sentidos
E se expostos deveriam sê-los através de um
olhar
Ou talvez de um tímido sorriso
Quem sabe em um beijo roubado
E não em falsas poesias
Espero que consiga conter-me
E não continue a insistir neste grave erro
Não irei me considerar menos poeta
Apenas mais sincero comigo
(Rodrigo Saraiva – 06/09/2013)
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