Nunca mais desenhei nada
As folhas de papel são teimosas
Insistem em seguirem reclusas
Permanecendo neste inabalável branco azedo
Briguei violentamente com minha inspiração
A mandei passear no lugar mais longínquo possível
Desde então sigo vazio por dentro
Incapaz de segurar um misero lápis com precisão
Resolvi apelar novamente as poesias
Pois não preciso de ideias brilhantes para
escrevê-las
Apenas deixo escorrer para a já cansada
caneta
As torrentes emocionais que me devoram
De certo modo estas palavras dramáticas
São como desenhos estilo autorretratos
Copias perfeitas de minha alma
Sem inspiração alguma mas extremamente
passional
(Rodrigo Saraiva – 26/08/13)
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