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domingo, 13 de janeiro de 2013

A Tristeza e o Poeta


É incrível a facilidade
Com a qual a tristeza se apodera de mim
Arrebatadora chega e destrói tudo
Cada sorriso que ainda pretendia dar

Tornando-me mais uma vez poeta
Escritor de versos depressivos
Simples tradutor de minha essência chorosa
Algo como um espelho refletindo soluços de desespero

Quando a tristeza se apodera de mim
Qualquer lembrança torna-se dolorida
Uma feliz memoria vira um pranto desmedido
Um sentimento de paz é trocado por aflição gratuita

Tornando-me mais uma vez poeta
Escritor de palavras borradas
Versos banhados em lagrimas amargas
Como folhas amareladas esquecidas pelo tempo

Uma vez que a tristeza me abandona
Tao subitamente como quando me envolveu
Busco uma tremula golfada de ar
Como que para a alma que insistia em me abandonar

Deixo então de ser poeta
Não sei escrever palavras felizes
Prefiro vivê-las intensamente
Enquanto aguardo temeroso um novo fim 

(Rodrigo Saraiva - 13/01/13)

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