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terça-feira, 25 de outubro de 2011

O Preço do Amor

Será que devemos pagar o preço do amar
Este nem sempre custa pouco
Pode-nos deixar muito pobres
Escravos deste único sentimento

Ligados a uma divida ininterrupta
Que nos corrói o coração
Até este se esfarelar por inteiro
Em minúsculos grãos amarelados

Que serão carregados por ondas
Ondas cada vez maiores e mais constantes
Compostas por lágrimas sem fim
A inundar toda uma existência

Ninguém sabe afirmar qual o preço de amar
Não se trata na maior parte dos casos de algo palpável
E sim daquilo que transcende o material
Dominando toda uma cascata de outros sentimentos

Mas há vezes em que custa pouco
Nada além de uma troca de olhares
De um beijo roubado
De um riso de canto de boca

Pena que nunca tive esta facilidade
Tampouco me julgo rico o suficiente
Para pagar o alto preço que este sentimento
Que sabe ser cruel sempre me impôs

Sou apenas um pobre poeta
Dono apenas de palavras sem nexo
Que sobrevive da esperança
De que o amor entre em liquidação

(Rodrigo Saraiva – 23/10/11)

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