Aprendi que companhia
Não necessariamente anula
O estado de solidão de uma pessoa
Esta depende mais de cada individuo
Conversas ocas
Risadas fúteis
Lembranças esparsas
Jogos inúteis
Às vezes estar acompanhado
É pior que estar só
Pois ao menos se pode pensar
Envolto em sua individualidade
Privacidade de pensamento
Algo impalpável mas imprescindível
Pois exercitar a alma
É o que nos mantem firmes e ainda persistentes
Sinto falta de minha solidão
De meus diálogos internos e loucos
De expor para mim mesmo meus sentimentos
Aqueles mais obscuros e secretos
Falo de solidão no sentido literal
Não esta falsa e medíocre que vem de brinde
Precedida por tantas pessoas ao meu redor
Que apenas me enfraquecem a mente
E sim aquela que me fazia companhia em noites chuvosas
Onde minhas lagrimas se perdiam em meus rios internos
Desaguando em um oceano de gritos retidos
De versos escritos à flor da pele
Quero poder explodir em mim mesmo
Quero apenas papel e caneta como companhia
Quero sorrir quando me sentir só novamente
Finalmente em paz com estes sentimentos hoje amotinados
(Rodrigo Saraiva – 23/10/11)
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