Uma viagem
em direção a minha essência
Procurei traçar
a melhor rota
Pois nada
poderia ficar para trás
Logo no
inicio pude perceber quão vazio era
O quanto eu
era oco por dentro
O que serviu
para justificar o eterno vácuo em meu peito
Este grande
nada que insisto em viver
Procurei em
vão por meu coração
Sequer pude
reconhecê-lo em meio à escuridão
Tateei às cegas
buscando algum calor exalado
Em troca só
pude sentir uma gélida brisa
Não havia
enfim motivo para surpresas
Há muito meu
coração segue em jejum
Tornou-se
uma rocha incapaz de amar
E como uma
flor ressequida murchou sozinho
Busquei conforto
junto a minha alma
Em seu lugar
havia apenas um espelho
Refletindo tudo
aquilo que me é pranto
Como se
fossem cacos de dores passadas unidos
Resolvi encerrar
esta derradeira jornada
Trôpego em
lagrimas com as mãos trêmulas
E a triste
sensação de uma arrebatadora realidade a me consumir
Abrindo-me
os olhos para a cada vez mais palpável e desejável
Ausência de
vida
(Rodrigo
Saraiva – 06/07/2013)
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