Que me
enfeitiçaram repentinamente
O balé de
cores do teu mirar
Hipnotizou-me
sem esforço
Certa vez
eles estavam azuis
Da cor que
nenhum mar jamais terá
Cor tão
intensa que nenhum balé de ondas atingirá
O verdadeiro
azul celestial que tanta paz me trouxe
Em outra
ocasião eram verdes
Uma imensa
floresta primaria
Intocada em
beleza e intensidade
A qual jurei
eternamente proteger
Já os vi
escuros como um entardecer
Não havia
sequer uma lua minguante
Mas um
brilho fugaz que me marcou
Um lampejo
de felicidade plena a me arrepiar
Espero nunca
vê-los avermelhados
Afogados em
lágrimas sucessivas
Espero não ser
eu a segurar o pincel
Sujo de
vermelho pranto se este momento chegar
Neste incessante
jorro de cores
Após tantos
olhares compartilhados
Não desejo
me apegar a apenas uma
Espero para
sempre refletir por inteiro
Seu arco íris
particular
(Rodrigo
Saraiva – 24/07/13)