Sentir o vento
Força inconstante e invisível
Ter os pelos ternamente eriçados
Escutar seu ruído macio
Ver o mar
Azul indomável e infinito
Com suas pequenas ondas
Pontilhando de branco sua
imensidão
Ser tocado pelo sol
Arrepiar-se com teu calor
Ofuscar-se com tua luz
Emocionar-se ao vê-lo adormecer
Ouvir uma bela melodia
Fechar os olhos
Sentir-se levitando
Embalado por acordes
transparentes
Se liberdade é isto
Por qual razão me sinto
prisioneiro
Vazio e insignificante
Como aquele que vive sem memorias
Talvez a liberdade não baste por
si só
Pois qual a serventia de uma
liberdade sem sentido
Um ser errante e inútil
Sem o famigerado grande amor ao lado
Amor
Sentimento capaz de unir e destruir
Mas ainda assim intenso porem inconstante
É o maior guia para corações de almas perdidas
Corações estes cegos e frágeis
Dependentes daquilo que chamam paixão
Misteriosa sensação perene
Que dá-lhes luz e força
E assim renovados seguem
Livres e agora completos
Como sempre deveriam ser os grandes amores
Tudo aquilo que o nosso não pôde jamais ser
(Rodrigo Saraiva – 11/2009)
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