Da janela do avião
Percebo minha insignificância
Devo parecer algo minúsculo
Como tantas casinhas abaixo
Para aqueles que se declaram
normais
Não devo passar de uma pequena
formiga
Como tantas pessoas se mexendo abaixo
Vistas quase invisíveis da janela
do avião
Se um vasto rio não passa de uma tênue
linha
Imaginem então como se apresenta
minha linha
Linha esta da minha combalida
vida
Vida esta inútil para muitos
Muitos seres insensíveis e inconcebíveis
Nulidades culturais transparentes
Jamais vistas pela janela do
avião
(Rodrigo Saraiva – 08/2009)
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