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sexta-feira, 6 de abril de 2012

O Rei

Somos seres no mínimo curiosos.

Nunca consegui entender

Por que em matéria de sentimentos

Sempre optamos pelo mais difícil e nem sempre feliz?

Creio que o rei dos sentimentos seja o amor,

Pois normalmente este não dá à mínima,

Seja para os demais sentimentos súditos

Ou para aquele que é seu reino ou ser humano no caso.

Nem sempre este rei faz um mal reinado,

Muitas vezes nos primeiros anos ele e a felicidade se completam.

Quase um perfeito casal real!

Em outros casos este mesmo rei prefere a solidão.

Mas o pior de tudo é que seu próprio reino,

Leiam-se: nós mesmos sentimentalistas que somos,

O elegemos rei acima de todos os outros sentimentos,

Muitas vezes mais simpáticos digamos assim.

Mas como o dito acima, nós não gostamos do que é fácil.

Acabamos sendo subjugados por este rei inconstante,

Nem sempre leal e quase sempre egoísta.

Não podendo deixar de ser reeleito em primeiro turno

A cada nova eleição ou relacionamento, como queiram chamar.

Há aqueles que gostam da paz outros preferem a guerra.

Cada reino possui o rei que merece!

E, se o ajudou a pô-lo no poder, que não faça insurreições futuras,

Pois o amor assim como um rei não gosta de ser traído.

As penas são severas e às vezes levam a morte.

Já eu como poeta vivo, sou um reino improvável.

Regido por vários amores inconstantes e adoráveis,

Comandantes e controlados,

Onde há apenas uma unanimidade absoluta.

Neste meu reino existencial interior,

Amores são sempre amores.

Independente de nos fazerem bem ou mal

É impossível não os querer-lhes do seu lado,

A cada momento em que se respira a vida.



(Rodrigo Saraiva – 05/04/12)

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