Somos seres no mínimo curiosos.
Nunca consegui entender
Por que em matéria de sentimentos
Sempre optamos pelo mais difícil e nem sempre feliz?
Creio que o rei dos sentimentos seja o amor,
Pois normalmente este não dá à mínima,
Seja para os demais sentimentos súditos
Ou para aquele que é seu reino ou ser humano no caso.
Nem sempre este rei faz um mal reinado,
Muitas vezes nos primeiros anos ele e a felicidade se completam.
Quase um perfeito casal real!
Em outros casos este mesmo rei prefere a solidão.
Mas o pior de tudo é que seu próprio reino,
Leiam-se: nós mesmos sentimentalistas que somos,
O elegemos rei acima de todos os outros sentimentos,
Muitas vezes mais simpáticos digamos assim.
Mas como o dito acima, nós não gostamos do que é fácil.
Acabamos sendo subjugados por este rei inconstante,
Nem sempre leal e quase sempre egoísta.
Não podendo deixar de ser reeleito em primeiro turno
A cada nova eleição ou relacionamento, como queiram chamar.
Há aqueles que gostam da paz outros preferem a guerra.
Cada reino possui o rei que merece!
E, se o ajudou a pô-lo no poder, que não faça insurreições futuras,
Pois o amor assim como um rei não gosta de ser traído.
As penas são severas e às vezes levam a morte.
Já eu como poeta vivo, sou um reino improvável.
Regido por vários amores inconstantes e adoráveis,
Comandantes e controlados,
Onde há apenas uma unanimidade absoluta.
Neste meu reino existencial interior,
Amores são sempre amores.
Independente de nos fazerem bem ou mal
É impossível não os querer-lhes do seu lado,
A cada momento em que se respira a vida.
(Rodrigo Saraiva – 05/04/12)
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