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terça-feira, 24 de abril de 2012

Estudo de um Olhar



Sempre me julguei um estudioso
Não necessariamente de textos e conceitos fixos
Mas sim um estudioso das pessoas ao meu redor
Tentando decifrá-las ao mesmo tempo em que me oculto

Poderia gastar horas decorando teus jeitos e trejeitos
Mas como dizem prefiro aprendê-los
Para assim vencer o esquecimento
E guardá-los acompanhados de um sorriso e boas lembranças

Talvez tua voz seja algo bom de estudar
Compreender tuas melodias
As composições que regem tuas ideias
Muitas vezes sabiamente camufladas

Ainda assim sempre tem aquela matéria complexa demais
Aquela na qual você acha que sabe tudo
Mas que volta e meia planta uma dúvida para te atormentar
Talvez seja a disciplina que mais reprova na vida

Estou falando de algo tão palpável quanto subjetivo
Capaz de dominar sonhos e pensamentos
De julgar e ser julgado
Apaixonar e ser odiado

Mas que sempre me fascina
Seja ele carregado de calor ou profundamente gélido
Descrevo aqui teu olhar
Para mim o maior reflexo do que chamam alma

O olhar de uma pessoa é autossuficiente
Mas nunca um inimigo feroz
Por vezes apenas incompreendido
Vitima de pré-julgamentos

Não sou pretensioso ao ponto de decifrá-lo por completo
Assim até talvez a essência do estudo
Prefiro encará-lo como uma promessa
Aquela que é cumprida aos poucos e com muito esforço

Nunca esquecida
(Rodrigo Saraiva – 24/04/12)

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