Existem diversas tipos de lagrimas
Há aquelas mais sensíveis
Diretamente ligadas ao coração sempre
criadas em abundancia
Ao menor sinal de perturbação do mesmo
Temos também as lagrimas medrosas
Receosas em escorrer face abaixo
De quem igualmente reluta covardemente
Em entregar-se ao pranto recente
Outros são as que correm ensandecidas
Contra o palpável tempo perdido
Para longe deste eterno gerador de tristeza
Sempre incansáveis buscando a longínqua paz
As mais difíceis e dolorosas
São as lagrimas de amor
Raras em momentos felizes
Excessivas como as desilusões causadas
Por vezes derramamos lagrimas saudosistas
Que formam-se quando as lembranças
Deixam de ser apenas momentos fugidios na
mente
E concretizam-se em memorias encrustadas em
nós
Piores são as lagrimas da alma
Incapazes de fluírem em um corpo
Corroendo cada desejo de felicidade
Prisioneiras de uma existência seca
Assim como as lagrimas mortas
Abafadas em desejos reprimidos
Carregadas de um rancor infindo
Transformadas em versos por este poeta
(Rodrigo Saraiva – 21/01/14)
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