Por que haveria eu
De entrega-la uma banal rosa
Se poderia levar-te a um jardim
Em uma noite sem luar
Para que no silencio da escuridão
Pudéssemos observar tantas outras flores
raras
Nas quais eu sentiria a doçura de tua pele
Realizando um desejo onde sempre me faltou
coragem
Por que haveria eu
De tentar roubar-lhe um beijo
Escorregar descalço neste terreno
inexplorado
Onde tantos outros perderam a razão
Talvez melhor seja beijar-lhe em sonhos
Nos quais seria majestade absoluta
Onde a veria corar de leve
E derreter-se calidamente em meus braços
Por que haveria eu
De declarar-te o amor
Se no anonimato me mantenho próximo a ti
E talvez envergonhado não consiga fazê-lo
Uma negativa me faria mais poeta
Mais sorumbático e menos vivo
Mas seguindo em dúvida permaneço em paz
Com a alma silenciosa e o coração aquecido
(Rodrigo Saraiva – 26/11/13)
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