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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O Poder de Tua Voz

Hoje encontrei umas fitas dessas de camera filmadora, no caso de uma que pertenceu a minha mãe e, para minha surpresa, uma delas foi feita por minha própria mãe. Depois de todo este tempo, ouvi-la e vê-la novamente foi no minimo estranho. Dificil descrever a sensação, um misto de alegria e tristeza, de nostalgia e saudade... Ao fim das contas, acho que o saldo é positivo, muito bom ouvi-la novamente. A questão da poesia é exatamente sobre isso, sobre esquecermos as vozes de quem não mais temos por perto, sendo que na verdade não se esquece por completo, basta uma centelha para que milhares de sentimentos de reacendam!

O Poder de Tua Voz

É triste pensar que somos capazes
De com o indesejável auxilio do tempo
Esquecermos o tom de uma voz
Sua melodia e importância

Mesmo sendo ela capaz de tudo mudar
Em momentos como aquele em que esprememos
Nossa memória até nada restar alem de um hiato
Lagrimas brotam ao simples sussurro de lembrança

Lembrança esta que carrega tanto em si
Um turbilhão indomável de sentimentos
Algo muito forte e intenso
Que um simples alegre ou triste

Seguiremos eternamente tentando não esquecer
De tua voz parte de tua vida ainda existente em nós
Por mais que pareça difícil lembrarmos
O casamento entre o sorriso e a lágrima por tua voz gerado

É como uma raiz infinita que trespassa a alma
Agarrando-se a tudo que nos é caro
A tudo que alimenta o ato de seguir em frente
Regada pelo mais puro e indestrutível amor que há nós

(Rodrigo Saraiva – 14/02/12)

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